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Directores do Google condenados

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Na quarta – feira (24) três directores do Google Itália foram condenados a seis meses de prisão.  Os directores foram acusados de não impedir que um vídeo mostrando um menino com síndrome de Down sendo agredido, fosse veiculado no YouTube.
Conforme a sentença do juiz Oscar Magi, do Tribunal de Milão, os três executivos, David Drummond, George De Los Reyes e Peter Fleitcher, foram condenados por violação de privacidade. Esse foi o primeiro processo penal envolvendo o Google por publicação de conteúdo na internet.
O filme, divulgado em 2006, mostra um menino menor de idade, portador de síndrome de Down,a ser  maltratado e agredido por colegas da classe, enquanto outros vêem  sem fazer nada.
Durante a agressão, um dos alunos desenha a suástica nazista no quadro negro e depois faz a saudação fascista. As cenas foram filmadas em Maio de 2006 numa das classes da Escola Técnica Steiner, de Turim, no norte da Itália, e divulgadas através do Google em Setembro do mesmo ano.
O vídeo ficou on-line de Setembro até Novembro de 2006, e neste período teve 5.500 acessos, provocando duras reacções na Itália. Com a ajuda do próprio Google, os alunos envolvidos na agressão foram identificados e condenados pelo Tribunal de Menores a prestar serviços sociais.
Os dirigentes do Google foram processados por violação de privacidade, mas a prefeitura de Milão e a associação "Vivi Down", de defesa dos direitos das pessoas com síndrome de Down, haviam pedido que também fossem acusados por difamação.
Esta reivindicação não foi atendida pelo tribunal, o que levou as duas instituições a declararem que consideram que os três executivos foram, de fato, inocentados. Porém de acordo com o procurador de Milão, Alfredo Robledo, a sentença que condena os dirigentes do Google Itália é exemplar.
"Com este processo, colocamos uma questão séria, ou seja, a tutela da pessoa humana, que deve prevalecer sobre a lógica da empresa", disse Robledo aos jornais italianos.
No entanto, segundo o porta voz do Google Itália, Marco Pancini, a sentença representa uma ameaça à liberdade de expressão. "É um ataque aos princípios fundamentais da liberdade sobre os quais a internet foi criada", comentou o porta-voz, afirmando que a empresa vai recorrer. "Entraremos com apelação contra esta decisão surpreendente, já que nossos colegas não tiveram qualquer relação com o vídeo."
De acordo com Pancini, os executivos não tiveram ligação alguma com a realização, divulgação e controle do filme. "Se este princípio não existir mais, será impossível oferecer serviços na internet", disse o porta-voz.
Fonte G1 e folhabnet.com.br via Gabriela Galvão

2 comentários:

  1. cara,eu matava um fdp desse! zoar de uma pessoa deficiente é desumano e cruel

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